Otto Schubert

O dr. Otto R. Julius Schubart nasceu em Berlim, na Alemanha, no dia 17 de fevereiro de 1900. Era filho de Otto Schubart e Elizabeth Schubart.

Doutorou-se em Zoologia, Botânica e Geologia pela Universidade de Kiel, Alemanha, em 1922.

Contratado pelo Ministério da Agricultura, desenvolveu estudos sobre várias espécies do rio Mogi Guassú. Otto Schubart era biólogo e veio da Alemanha para dirigir a Piscicultura de Pirassununga.

Naturalizado brasileiro, fez questão de colocar em mais de uma centena de trabalhos científicos as palavras Pirassununga, São Paulo e Brasil.

Foi um grande pesquisador que trabalhou mais de trinta anos em sua coleção de miriápodes (Diplópodes). Deixou vasta obra sobre peixes e insetos. Realizou notáveis trabalhos sobre Miriápodes.

O dr. Otto Schubart, miriapodologista alemão, teve vários livros publicados e diversos artigos com reimpressões e traduções alemãs de obituários anteriores, lista completa de seus artigos sobre miriápodes, lista e análise das taxas de miriápodes descritos por ele e lista de espécies de miriápodes nomeadas em homenagem a ele.

Inicialmente, Otto Schubart emigrou para o Brasil em 1934 e foi trabalhar no Museu Paulista.

Chegou em Pirassununga no ano de 1938 na Estação Experimental de Biologia e Pisicultura, do Ministério da Agricultura, dando início a uma pesquisa sobre a flora, a fauna e a água do cerrado de emas, resultando em vários trabalhos publicados.

Neste ano de 1938, o Governo Federal adquiriu uma fazenda em Cachoeira de Emas (entre Pirassununga e Mogi Guaçu) para a instalação da Estação de Pirassununga. Esta Estação foi inaugurada em 1939, implantando inicialmente como programa a criação de peixes com o objetivo principal de produzir e distribuir alevinos em grande escala, para promover o repovoamento em águas naturais ou represadas artificialmente. Compunham a equipe de Rodolpho Theodor Wilhelm Gaspar von Ihering, oito técnicos, e entre estes, o biólogo alemão Otto Schubart (1900-1962).

Em 1946 a Estação passou a denominar-se Estação Experimental de Biologia e Piscicultura, mais conhecida hoje como CEPTA. A estação se encontra no mesmo local em plena atividade, só que atuando em mais ramos da piscicultura.

Dentre seus livros publicados destacamos três:

“Os Proterospermophora do Distrito Federal”, escrito em 1945 e editado pela Imprensa Nacional, com 150 páginas; “Sobre os Diplopoda do Paraná e Santa Catarina”, escrito em 1953 e editado pela Editora João Haupt, com 60 páginas; e “Diplópodes Argentinos del Musaeo de La Ciudad Eva Peron”, em 1954, pela Editora Eva Peron, em espanhol.

Depois de ficar viúvo de Marta Schubart, contraiu novo matrimônio com a senhora Jandyra Gaspar Schubart, com quem teve um filho, Otto Schubart Filho. Recebeu, da Câmara Municipal, o título de cidadão pirassununguense em 6 de agosto de 1962.

Em 40 anos de intensos trabalhos científicos, tendo produzido quase duas centenas de trabalhos, foi considerado em sua especialidade (Diplópodes) o maior especialista do mundo.

Faleceu no dia 8 de novembro de 1962, com 62 anos de idade, no Hospital Vera Cruz, em Campinas.