Moacyr Apparecido Bernardez
Cadeira 26
Nasceu na cidade de Pirassununga no dia 26 de novembro de 1913. Era filho de Domingos Táboas Bernardez e Isaura Meireles Bernardez.
Estudou na antiga Escola Normal de Pirassununga recebendo, em 15 de dezembro de 1932, o diploma de Habilitação para Magistério Público do Estado de São Paulo. Em 1932 participou da Revolução Constitucionalista. De 1941 a 1944 atuou como professor no Aprendizado Agrícola Visconde de Mauá (AA) em Inconfidentes, município de Ouro Fino, MG.
De 1945 a 1951, Moacyr e a família (esposa Clélia e a filha Aidelita) passaram por quatro Escolas Práticas de Agricultura. Quando Moacyr colocava em ordem uma Escola, era enviado para outra a fim de consertar essa outra. Essas Escolas Práticas tinham escola para os filhos dos professores, alunos e funcionários. Assim, Aidelita cursou até o 3º ano primário nestas escolas práticas.
Em 1945, Moacyr foi Orientador Educacional na Escola Prática de Agricultura dr. Fernando Costa em Pirassununga, antigo IZIP - Instituto de Zootecnia e Indústrias Pecuárias, atual Campus da USP Pirassununga; em 1946, mudou-se para Bauru onde foi Orientador Educacional na Escola Prática de Agricultura Gustavo Capanema daquela cidade, atual Instituto Penal Agrícola prof. Noé Azevedo; em 1947 atuou como Orientador Educacional na Escola Prática de Agricultura Paulo de Lima Correia, em Guaratinguetá, atual Escola de Especialistas da Aeronáutica; e de 1948 a 1951 atuou como Orientador Educacional na Escola Prática de Agricultura Getúlio Vargas, em Ribeirão Preto, atual Campus da USP.
No ano de 1951, com a transformação da EPA em Faculdade de Medicina, a família se mudou para a cidade de Ribeirão Preto e Moacyr passou a atuar como professor de Português na Escola Industrial (hoje ETEC José Martimiano da Silva), de Ribeirão Preto. Após seu falecimento o Centro Acadêmico dessa escola recebeu seu nome. De 1951 até o ano de 1960 foi membro e presidente por vários anos da Associação Regional de Rádio e Imprensa (ARRI), tendo atuado de 1951 a 1957 como redator chefe do jornal O Diário e de 1957 a 1966 como correspondente das Folhas (Folha de São Paulo), em Ribeirão Preto e Região.
Teve participação ativa nas atividades jornalísticas.
Em 9 de julho de 1962 recebeu o Diploma de Mérito Cívico por sua participação na Revolução Constitucionalista de 1932. Na área cultural inaugurou a Livraria El Dorado na Rua Tibiriçá, em Ribeirão Preto, onde além de vender livros incentivava a leitura orientando os clientes e promovendo tardes de autógrafos com escritores renomados, tais como Jorge Amado (26.10.1960), Lygia Fagundes Telles e Vinícius de Moraes (ambos em 1961) e tantos outros.
Em Pirassununga, no ano de 1964, ajudou a família Bernardez Silveira a abrir uma filial da Livraria Eldorado, que funcionou inicialmente em um prédio existente onde hoje está o Magazine Luiza, depois foi transferida para o prédio térreo do Edifício Pioneiro. Em suas livrarias, Moacyr tinha uma regra: suas funcionárias eram “incentivadas” a ler os novos livros e saber comentá-los em conversa com os clientes.
No dia 25 de dezembro de 1966, num domingo, por volta das 18 horas, retornando para a cidade de Ribeirão Preto onde residia, na altura do quilômetro 218 da Via Anhanguera (então com pista única), o Volkswagen de placas “Ribeirão Preto – I – 55.13.88”, dirigido por Moacyr Apparecido Bernardez teve o seu pneu dianteiro, lado direito, estourado. O veículo capotou espetacularmente indo de encontro a uma Rural Willys, de placas “Santa Rita do Passa Quatro – I – 59.12.68”, dirigida por José de Morais Nori, que trafegava em sentido contrário.
No acidente faleceram Moacyr Apparecido Bernardez (26.11.1913/25.12.1966) e sua esposa dona Clélia dos Anjos Bernardez (10.08.1913/25.12.1966), ambos com 53 anos de idade.
A filha do casal, Aidelita dos Anjos Bernardez, então com 25 anos de idade, que estava no banco traseiro com uma amiga, embora com ferimentos graves, se salvou.
