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Manoel Jacinto Vieira de Moraes

Cadeira 16

O dr. Manoel Jacintho Vieira de Moraes nasceu na Vila de Santo Amaro (SP) no dia 11 de setembro de 1852.

Bacharelou-se em Direito pela Faculdade do Largo de São Francisco em 3 de novembro de 1876. Em 7 de dezembro de 1876 foi nomeado Promotor Público da Comarca de Belém do Descalvado, cuja sede era a cidade de Pirassununga, onde fixou residência.

O seu primeiro documento oficial aqui assinado foi datado de 5 de janeiro de 1877.

Em 7 de junho de 1881 casou-se com dona Rita da Silveira Franco, filha do Coronel Francisco da Silveira Franco, chefe do Partido Conservador, ao qual o dr. Vieira de Moraes pertencia. Dona Rita era irmã do Tenente Coronel Manoel Franco da Silveira. Assim sendo, Vieira de Moraes era cunhado do Tenente-coronel Manoel Franco da Silveira.

Em 1877 exerceu as funções de Delegado de Polícia em nossa cidade e prestou relevantes serviços às causas abolicionistas. O dr. Moraes foi um defensor constante de escravos, sobretudo daqueles condenados e que traziam cruzetas de ferro ao pescoço. Várias vezes se rebelando contra tais maus tratos, o dr. Moraes quebrou e arrancou tais cruzetas.

Em 1884 foi eleito, pela primeira vez, como vereador à nossa Câmara Municipal. Republicano, aderindo às ideias de 15 de novembro de 1889, o sr. Vieira de Moraes foi membro e presidente do Conselho de Intendência em 1890. Em 7 de março de 1892 foi eleito senador estadual e em primeiro de março de 1894 foi eleito deputado ao Congresso Federal.

Entre 1890 e 1891; depois entre 1891 e 1892; ainda entre 1893 e 1901 exerceu a presidência da Câmara Municipal de nossa cidade, cargo este equivalente ao atual Prefeito Municipal. Após os funestos resultados de 1901 e da sua absolvição em 1902, retirou-se da política e dedicou-se à advocacia, aos seus negócios particulares e à agricultura. Era apaixonado por cavalos e gostava de cavalgá-los.

Somente depois de 29 anos, em 1930, voltou a política local, assumindo o cargo de Prefeito Municipal, por determinação superior e em 1933, pela última vez voltou à nossa administração, como presidente do Conselho Consultivo Municipal.

Espírito proficiente, agiu sempre com sabedoria e honradez, através de um talento que se extravasa em numerosos processos arquivados em nossos cartórios.

Quem não se lembra da “Chácara Moraes”, perto de um arrabalde da cidade (hoje propriedade do Campus da USP), onde existia uma piscina - a primeira da cidade – e uma antiga e querida casa do Dr. Moraes, onde ele ainda construiu a primeira fábrica de gelo de nossa terra!

O dr. Manoel Jacintho Vieira de Moraes faleceu no dia 10 de julho de 1935, com 83 anos de idade e está sepultado em nosso Cemitério Municipal.

O Governo do Estado, honrando a sua memória, deu seu nome a um grupo escolar de nossa cidade, que funcionou por alguns anos numa casa particular da rua XV de Novembro e, depois, num edifício perto da Matriz de Santo Antonio, rua 13 de Maio. Hoje denomina-se Escola Estadual “Vieira de Moraes”.

Em 11 de setembro de 1952, comemorando o centenário de seu aniversário, foi inaugurado no Grupo Escolar “Vieira de Moraes” seu busto, com solenidade e espocar de rojões.

Manoel Jacinto Vieira de Moraes
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