Mário Collazzi D’Elia
Cadeira 33
Mário Collazzi D’Elia nasceu na cidade de Franca no dia 5 de setembro de 1902. Seus pais. José Antônio D’Elia e Tereza Collazzi D’Elia, eram italianos.
Fez os estudos primários no antigo Colégio dos Maristas, concluindo-os no grupo escolar Cel. Francisco Martins. Cursou o Ginásio Amparo, de sua cidade natal, até o terceiro ano não terminando o curso de humanidades. Ingressou então na Casa Andrade Martins trabalhando em seus escritórios comerciais e bancários.
Tornou-se contabilista pertencendo à famosa escola prática de José de Andrade.
Em 1921 foi admitido como correspondente dos atacadistas Augusto Rodrigues & Cia, de São Paulo. Trabalhou em escritórios de diversas firmas paulistas, inclusive na Cia City, ao lado de notáveis contabilistas vindo depois a dirigir a contabilidade de um grande curtume sob o controle do Banco do Brasil.
Por concurso foi admitido no principal estabelecimento de crédito do país (Banco do Brasil), servindo no Curtume Progresso de Franca como diretor secretário e nas Agências de Ribeirão Preto, Orlândia e Pirassununga (1956).
Pouco antes de sua morte, ocorrida repentinamente em 15 de julho de 1958, aposentou-se nas funções de inspetor do Banco do Brasil na zona de Piracicaba, depois de haver inspecionado a Araraquarense e o Sul de Minas.
Colaborou na imprensa ribeirão-pretana como crítico de arte e cronista. Escreveu também para jornais de Orlândia, Mococa, Batatais, São Simão, Araras, Leme, Limeira, Franca, Uberaba e Pirassununga.
Assinou com o pseudônimo de Grão de Sal, durante quase vinte anos, as crônicas Sal e Pimenta, do Comércio da Franca. Foi redator, juntamente com Alfredo H. Costa, do Suplemento Literário daquele jornal. Realizou várias conferências. Durante muitos e muitos anos colaborou em “O Movimento”, jornal de Pirassununga. Usava frequentemente os pseudônimos de “Frei Terêncio”, “Candido Sereno”, “Simplício Fagundes”, “Fausto Cruz”, “Célia Moirad”, “Borba Gato”, “Joei”, etc.
Era autodidata. Colaborou durante anos na AABB e AAFBB, revistas do Banco do Brasil. Pertenceu à Sociedade Paulista de Escritores. Seu nome figura no Dicionário de Autores Paulistas, de Luís Correia de Mello – edição do IV Centenário de São Paulo – 19854.
Como romancista deixou as seguintes obras: O Neto de Laura Giolitti (São Paulo: Editora Cúpolo, 1947), romance com carta-prefácio de Agripino Griecco; O Bancário Liberponci (novela) com carta-prefácio de David Antunes (Iago José) (São Paulo: editora Leia, 1949|). Quando faleceu tinha em preparo: Balcão Florido (contos); Mauro (sequência de O Neto de Laura Giolitti); Ética Bancária e Diário de um Inspetor. Pós morte, a Editora Átomo publicou em 2002 o livro “Sal e Pimenta: Crônicas Francanas”.
