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Francisco Conceição

Cadeira 12

Francisco Conceição nasceu em Pouso Alegre (MG), no dia 20 de dezembro de 1.842. De família pobre, transferiu-se quando tinha 38 anos de idade para Pirassununga, em 1.880. Depois foi cursar a Escola Normal de São Paulo, formando-se em 1896, tendo se instruído para a concretização de seu sonho maior, o exercício do magistério.

Teve início, então, a extensa vida pública de “Chico Mestre”, professor provisionado municipal, que chegou a Pirassununga com a consolidação de seu grande ideal: professor normalista. Francisco Conceição, juntamente com a profa. Maria Cândida da Rocha, foram os primeiros educadores que Pirassununga teve ao longo de sua história.

Em Pirassununga, casou-se com a profa. Vitalina Ferraz Conceição, com quem teve sete filhos: Cybel, Nelson, Maria Eliza, Jacyra, Anna Otacília, Armênio e Francisco Conceição Júnior.

Em 1885, graças aos esforços do dr. Vieira de Moraes, dr. Joaquim da Silveira Mello, de José Peixoto da Motta Júnior e de João de Lacerda Franco foi construído o edifício da “Escola do Povo”, na esquina das ruas Cel Franco e General Osório. "Chico Mestre" foi titular, a partir de 1896, de uma das cadeiras da Escola do Povo, a primeira escola de ensino primário e gratuita em nossa cidade, função que desempenhou até sua nomeação para Inspetor Literário do 28° Distrito e depois do 23° Distrito, cargo equivalente hoje ao de Dirigente Regional de Ensino. Ao seu lado, na Escola do Povo, trabalhava o prof. Antonio Zeferino do Prado.

Como inspetor, concorreu para a difusão da instrução no setor que lhe pertencia, que compreendia as cidades de Cordeirópolis, Descalvado e Santa Rita do Passa Quatro. Lutou pela criação das “Escolas Reunidas” e dos “Grupos Escolares”. Fundou e dirigiu um “Gabinete de Leitura”, nome que se dava à biblioteca naquela época.

Fundou e atuou como redator dos jornais “A Nebulosa” (1889), e “A Opinião Pública” (1890). Escreveu em vários jornais da região, nas cidades de Descalvado, Santa Rita do Passa Quatro, Santa Cruz das Palmeiras, Porto Ferreira, Araras, Leme, Limeira e Pirassununga.

Publicou trabalhos pedagógicos, que o colocaram em destaque entre os integrantes do magistério público. Em 1902, foi encarregado pelo Governo Estadual de instalar e dirigir o primeiro Grupo Escolar em Descalvado, para lá se mudando no dia 3 de fevereiro de 1902, onde residiu pelo período de um ano.

Regressando à Pirassununga no dia 18 de abril de 1903, assumiu a direção do Grupo Escolar Coronel Franco sendo nomeado seu diretor adjunto. O primeiro diretor foi Francisco Camargo. Depois sucedeu ao professor Mauricio na direção da escola. Permaneceu no cargo até agosto de 1910.

Nessa época (agosto de 1910), a seu pedido, foi removido para São Paulo e nomeado primeiro diretor do Grupo Escolar de Santo Amaro. Na mesma escola completou, em 29 de julho de 1912, 30 anos de magistério, mas não se aposentou. Continuou exercendo as funções de diretor no Grupo Escolar de Santo Amaro.

Vitimado por uma angina pectoris, Francisco Conceição faleceu numa quarta-feira, às 9h00 da manhã, no dia 21 de janeiro de 1914, aos 72 anos de idade, em sua residência à rua Appeninos, nº 14, na cidade de São Paulo, sendo sepultado no dia 22 no Cemitério da Consolação. Nesta ocasião, ainda era o diretor do Grupo Escolar de Santo Amaro.

Após sua morte, sua esposa mudou-se para a cidade de Leme, e em 25 de agosto de 1928 para a cidade de Campinas. Em 12 de setembro de 1929 retornou a Pirassununga fixando residência na rua José Bonifácio, nº 32. Faleceu no dia 10 de maio de 1943.

Francisco Conceição era, também, capitão da Guarda Nacional. Maçom atuante, pertenceu a Loja Cruzeiro do Sul de Pirassununga e, posteriormente, à Loja 7 de Setembro, na capital.

Francisco Conceição
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