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Antonio Ferreira de Almeida Júnior

Cadeira 01

Eminente educador brasileiro e antigo professor de Medicina Legal da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, nasceu em Joanópolis, no dia 8 de junho de 1892. Era filho de Antonio Ferreira de Almeida (a quem ele chamava de “Tonico”) e de Otília Caparica de Almeida.

Casou-se em 24 de fevereiro de 1922 com Maria Evangelina de Almeida Cardoso, filha de Francisco de Almeida Cardoso e Rita Evangelina de Almeida Cardoso. Desse casamento teve um filho, Roberto Luiz Ferreira de Almeida, que foi promotor público em São Paulo.

Diplomou-se inicialmente pela Escola Normal, da Praça da República, em 1909, sendo professor normalista, título de que tanto se orgulhava. Posteriormente, em 1921, conquistou o título de doutor pela Faculdade de Medicina de São Paulo. Iniciou sua atividade docente como mestre primário na escola isolada da Ponta da Praia, em Santos e em 1910 foi nomeado professor de francês da Escola Normal de Pirassununga, cargo do qual se exonerou para fazer seu curso de Medicina.

Em 1920 passou a lecionar Biologia e Higiene na Escola Normal do Brás, hoje E.E. Padre Anchieta. De 1921 a 1923 exerceu cumulativamente, por conta da Fundação Rockfeller, o cargo de Assistente do Instituto de Higiene e de diretor geral do Ensino (1935-1938). No magistério particular, colaborou na fundação do Liceu Rio Branco, de quem foi diretor e professor de 1926 até1934. Em 1931 transferiu-se da Escola Normal do Brás para o Curso de Aperfeiçoamento do Instituto de Educação Caetano de Campos, do qual se tornou professor em 1933.

No ano seguinte, com a criação da Universidade de São Paulo, passou Almeida Júnior a integrar a Congregação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da qual foi exonerado a 3 de dezembro de 1941, por ter sido nomeado catedrático de Medicina Legal da Faculdade de Direito, em virtude de aprovação em concurso de títulos e prova.

Na administração pública colaborou na reforma do ensino paulista promovida na década de 1920, pelo professor Sampaio Dória. Participou da Comissão Organizadora da Universidade de São Paulo, tendo participado dos Estatutos da USP.

Foi um dos fundadores da Escola Paulista de Medicina, a cujo corpo docente pertenceu, como professor de Medicina Legal. Inaugurou, por fim, na Escola de Sociologia e Política, em que foi membro do Conselho Diretor, o ensino de Fisiologia e Higiene do Trabalho.

Foi consultor técnico do Instituto Nacional de Estatística (secção de Biologia) e membro do Conselho Médico Legal do Estado. Em 1945 foi Secretário da Educação durante a interventoria de Macedo Soares, até fevereiro de 1947. Integrou a Comissão que elaborou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

Professor severo, exigente e eficiente, cumpriu rigorosamente os encargos que lhe foram confiados, figurando entre os mais queridos e populares em suas salas de aula.

Autor de uma vasta obra acadêmica, Almeida Júnior escrevia também e muito sobre os fatos que estava vivenciando. Registrava os acontecimentos, pronunciava-se sobre as questões que se apresentavam nas diferentes fases de sua carreira: como professor e paraninfo de normalistas, professor da Faculdade de Direito, atuante defensor da democracia durante a ditadura do Estado Novo, relator de comissões e responsável por cargos públicos. Muitos de seus escritos esparsos foram por ele reunidos e publicados em livros.

Aposentou-se em 1962 tendo recebido o Título de Servidor Emérito do Estado.

Almeida Júnior faleceu no dia 4 de abril de 1971, em São Paulo, aos 79 anos e foi sepultado no Cemitério da Ordem Terceira do Carmo, na mesma cidade.

Antonio Ferreira de Almeida Júnior
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