Álvaro da Rocha Sundfeld
Cadeira 08
Álvaro da Rocha Sundfeld nasceu em 1° de março de 1914, na cidade de Pirassununga. Era filho de José Sundfeld e Eliza da Rocha Sundfeld.
Era sensível à natureza viva, à música, à poesia, à vida familiar e a magistratura,
Seu primeiro aprendizado obteve no Colégio Diocesano Santa Maria, em Campinas, de grande projeção no ensino da época.
Com a chegada de seus 16 anos surgiram as inspirações que conduziram-no ao campo das letras, encimadas pela beleza de suas declamações.
Participou do Concurso Acadêmico de Declamação, no Ginásio Diocesano em 1929 e se classificou em primeiro lugar.
Em seguida, o presidente da Academia Literária Rui Barbosa, que funcionava no Ginásio Diocesano Santa Maria, o empossa como acadêmico, cuja cadeira tinha como patrono Machado de Assis.
De palavra fácil e eloquente, foi um grande orador. Suas facilidades para letras com declamações levaram-no à carreira política militante. Extremamente querido por todos que o conheceram na convivência habitual e profissional nos meios frequentados, inclusive o mundo estudantil e poético em que se deleitava sonhos da juventude, sonhos estes que fizeram a se atirar como soldado constitucionalista de 1932.
Abraçando com muito calor cívico os ideais da Revolução, engajou-se como voluntário no Batalhão de Guerra Marcílio Franco, seguindo para a frente sul da batalha, na plenitude de seus 18 anos. Nos Campos de Buri, Álvaro foi gravemente atingido por um projétil no ombro direito destruindo sua articulação e lhe tirando os movimentos do braço para sempre. A revolução chegou a seu final em 28 de setembro de 1932. Álvaro regressou da revolução ferido, como herói. Seguiu para o Hospital Militar, em São Paulo, sofrendo três cirurgias.
Deixou São Paulo em busca de repouso físico e mental e se dirigiu para à fazenda Santa Eliza, em Pirassununga.
O entardecer dos dias lhe trazia delicadeza espiritual, através da beleza de suas crônicas e dos poemas íntimos que escrevia.
No jornal O Movimento, escrevia crônicas sociais, contos, poemas: era um prosador e poeta, usando o pseudônimo de “Plínio”.
Em 1938 foi contratado pelo jornal O Estado de São Paulo, como revisor. Em 1941 ingressou por concurso no Banco do Brasil. Seus primeiros trabalhos se deram na Agência de Bauru, onde conheceu em uma festa de formatura, a senhorita Amélia Barbugiani com quem se uniu para sempre. Desta União nasceu Maria Amélia.
Fez carreira no Banco do Brasil dirigindo agências em diversas cidades, incluindo Pirassununga. A última foi em Santos.
Álvaro da Rocha Sundfeld faleceu no dia 26 de junho de 1964, aos 50 anos de idade, sendo sepultado em São Vicente, no Mausoléu dos Soldados da Epopeia de 1932.
